terça-feira, 29 de novembro de 2005

Humanidade

Um Dia ...
Um dia acordei e pensei que podia ser mais útil à humanidade ... mas antes lembrei-me de ver como estava o tempo lá fora e dizer a mim próprio para vestir mais uma camisola.

Da minha janela via que chovia e as arvores bailavam ao sabor de um vento que com rajadas constantes fazia cair uma ou duas folhas de cada vez que tocava nos galhos secos e frágeis, as folhas com uma tonalidade outonal deslizavam e caíam a alguns metros do tronco para mais tarde, com a ajuda do vento, fugirem até serem obstruídas por uma qualquer rede, pneu de automóvel ou poça de água que se juntou gota após gota com a chuva que se fazia sentir, aquelas que conseguiam levantar de novo voo nunca mais a vi ... devem estar longe a comemorar a vitória de uma escapada bem sucedida.

Vesti mais um casaco peguei no meu chapéu-de-chuva e fui trabalhar. Cheguei e fiz aquilo que sempre faço, tudo ou quase nada ... falei com o meu amor ao telefone uma 10 vezes, parece muito para quem lê, mas para mim se fossem mais 10 ainda era pouco ... pois cada segundo da sua voz, cada entoação das suas palavras é como música ao meu ouvido. Acabou o expediente e fui para casa, jantei mais uma vez na casa da Sónia fomos beber aquele café, namorar um pouco e ela mais uma vez deixou-me em casa ... vesti o pijama, deitei-me e só depois me lembrei, hoje não fiz nada pela Humanidade.

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