quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A "Estrela Joana"


Joana, a menina que emocionou Portugal infelizmente pelas piores razões, desapareceu há 2 anos. Ao longo deste tempo, desde o seu desaparecimento, muita coisa se escreveu e disse mas nunca se ouviu quem participou nas investigações. É sobre isso mesmo que o ex-inspector da PJ, Paulo Pereira Cristóvão, conta no seu livro “A estrela Joana” que chega hoje às livrarias.

Segundo a PJ, a justificação para o homicídio e para a ocultação do corpo era que “o tio tinha violado a sobrinha, perante a passividade da mãe. Quando a menina ameaçou denuncia-los, foi agredida por ambos. Esta versão explicaria também por que não queria que o corpo fosse encontrado preferia admitir que matou a sobrinha do que revelar que teve relações sexuais com ela. Se o corpo não fosse encontrado, nunca se saberia."
Quando lhe perguntaram se abusou da sobrinha respondeu indignado: «Eu não lhe fiz mal, só a matei». Só a matou???

Este foi um caso que me emocionou muito, não consigo imaginar o sofrimento daquela criança, que para além dos maus tratos que teve, segundo este ex-inspector, a Joana gostava muito da mãe. Esta Criança teve azar de ter nascido no meio de uma família que nunca soube o que era amor. Pensando na resposta do tio, será que para ele matar é dar amor? Violar é que é fazer mal? Sinceramente qual delas a melhor, mas pelos vistos foram mesmo as duas ao mesmo tempo. É inacreditável pelo que este criança passou.

Tenho pena que a Joana não tivesse conhecido o verdadeiro amor de uma mãe, de saber como é bom ser criança, e não ter sido acudida deste horror! Infelizmente como ela devem existir muitas, só espero que exista uma estrelinha que as ilumine para que alguém as salve e não sejam mais Joanas.

11 comentários:

Paulo disse...

Olha! Fizemos um post sobre o mesmo assunto :)

Paulete disse...

Antes do caso Maddie, a Joana despertou a mesma onda de indignação no nosso país. Ainda quando se pensava ter sido vendida, muitos quiseram ajudar a encontrar.

Mas a dura realidade, foi ainda pior, vendida, maltratada ou morta, o certo é que, como dizes, nunca teve a oportunidade de conhecer o verdadeiro amor matriarcal...

Anônimo disse...

Pobre Joana...
Pobres "Joanas" que têm o azar de nascer no meio de familias desfuncionais e mentalmente atrasadas!

Cristina disse...

Já tinha lido várias noticias sobre a publicação deste livro e, por acaso, até estou tentada a comprá-lo. Gostei de saber que, através de uma voz de um PJ, podemos conhecer a história por dentro.

Sol disse...

Sem comentários ... a actuação da PJ ainda está um pouco cinzenta para mim neste caso.

Podiamos ter feito mais ... vou tentar ler para compreender.

Beijos

Célia disse...

Esta história é muito triste. Dá-me arrepios só de pensar o que fizeram à pobre criança...

telma disse...

é horrivel o que lhe fizeram :x

JonyFingers disse...

Enfim... às Joanas e Maddies deste mundo apenas lhes podemos oferecer o nosso apoio moral e a total desaprovação por todo o mal que possa ser feito a qualquer criança.

No entanto, mesmo que o livro explique alguma coisa sobre os contornos macabros que poderão ter ocorrido, não deixa de ser um livro com alguma ficção à mistura para que o mesmo possa ser "vendável".

Como é possível terem acabado com a pena de morte (pelo menos legalmente) ou com a prisão perpétua, perfeitamente aplicável nestes casos, apesar de socialmente condenável!!!

Aquele Abraço,
João

Marisa disse...

Esses casos a mim também me fazem imensa confusão e revoltam-me. Como, por exemplo, o caso da Maddie. Faz-me confusão a criança ter desaparecido e nao haver rasto dela, mas também a atenção que toda a gente (do nosso país e de fora) deu a este caso até se ter chegado ao exagero (quando os pais foram ter com o Papa).

Release me disse...

Nem consigo pensar no que essa criança sofreu... Esse tio e a mãe dela são o que de mais podre existe na humanidade...

Urban Cat disse...

Sinto-me inutil perante situações destas.
Revoltam-me os figados...
As Joanas, os Ruis Pedros...as Maddies...revolta-me a estúpidez deste mundo.

:(