terça-feira, 17 de outubro de 2006

Melancolia...

Hoje de manhã estava no trânsito e vinha a pensar com os meus botões como o tempo voa...
Estamos praticamente a terminar o ano de 2006, os dias são pequeninos, o tempo arrefece, a chuva parece que veio para ficar, vamos buscar as camisolas e o edredon quentinho porque a noite está mais fria. Estamos praticamente a entrar naquela fase em que as ruas e montras estão iluminadas e os centros comerciais cheios dia e noite. Estamos quase no Natal.

Paro para pensar e não consigo dizer o que fiz até agora. Parece que não houve primavera nem verão, não senti aqueles dias maravilhosos com o sol da primavera e não senti o sabor da praia, que eu adoro, a passar por mim.
Estou com a sensação que não aproveitei as coisas boas a 100%, ou então não lhe dei devida importância. Não sei bem porque estou com esta sensação, mas sinto que não fiz nada de útil! e sinto-me um pouco triste com isso.

E vocês também sentem que o ano esta a passar a correr?

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Qual é o problema?

De volta ... para escrever um pouco sobre as mudanças de hábitos sociais.

Podem chamar-me antiquado, mas por vezes sinto que a nave espacial de onde eu cai nunca mais irá voltar.

"Ainda me lembro do tempo em que com 14 anos ficava sentado no meu sofá a ver séries televisivas para jovens, tão interessantes como Tom Sowyer ou Verão Azul, quando me sentava no banco do jardim a ler os livros das Aventuras, ou quando saia de casa e tocava à campainha de todos os meus amigos para virem para a rua jogar às escondidas, apanhada, cartas ou apenas para uma daquelas fantásticas futeboladas de final de tarde.

Ainda me lembro de como as mães detestavam que se lhes tocasse à porta, e faziam sempre aquela cara de frete quando eu pedia para chamar os filhos. Ficávamos horas na rua a jogar ou a conversar sobre patetices como o jogo que o Benfica levou 7 em Alvalade, muitas vezes andávamos à tareia por coisas parvas mas passado um pouco já estávamos na mesma equipa para derrotar os outros.

Hoje as coisas são diferentes, as mães estão muito mais contentes, os miúdos não saem estão no quarto no computador, que bom estão perto e sem perigo, mas o pior é que eles hoje com a Internet vão mais longe do que alguma vez eu fui com 14 anos.

Hoje com 14 anos saem à noite e já gostam de beber um pouquinho de álcool, tão pouco que é suficiente para os levar ao coma, hoje dizem que não se divertem se não beberem, hoje estão noites inteiras na rua e os Pais não estão nem ai ... querem é paz em casa.

Hoje já não tocam às campainhas, dão toques para os telemóveis, já não saem para conversar tem essa treta do MSN, já não escrevem português, escrevem algo que se assemelha à linguagem de um "nem sei o quê", com tanto X e K que acaba por parecer uma língua estrangeira.

Os mais velhos não vão à discoteca X ou Y, pela musica que gostam, mas pelo ambiente de engate e as miúdas que lá estão. Esses espaços onde o consumo de todo o tipo de drogas é tão banal que até nos faz pensar que deve ser normal. Estamos num tempo onde o consumo de canabis ou cocaína está tão banalizado que 16 de 50 deputados italianos acusam o uso dessas substancias.

Estarei a ficar velho, será que não consigo acompanhar a evolução ... tenho medo de ter filhos, tenho medo de os obrigar a estar neste mundo que nem eu próprio já o entendo ... pode ser que eles se adoptem melhor.

Todos nós iremos ser pais um dia, nem que seja por adopção, pensem um pouco nestas coisas, que são tão banais.

Será normal uma criança ter telemóvel quando se sabe os malefícios para o seu cérebro, será normal um jovem estar a viver as coisas demasiado rápido, onde está a adolescência ... a descoberta das coisas aos poucos ... o sexo é tão banal em jovens de 14, 15 anos que sei de histórias onde os próprios pais deixam de propósito os miúdos em casa sozinhos.

Já não sei viver neste planeta, será que estou a acordar tarde para o mundo dos adultos onde cada vez mais as crianças e jovens querem estar, por vezes penso que quando era pequeno tinha uma ideia errada do mundo adulto, hoje parece que o mundo não mudou, são apenas crianças mais crescidas, onde os streses por vezes me parecem os mesmos."

Não vos chateio mais ... mas digam o que pensam sobre esta matéria.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Desabafo

Depois de umas mini-férias no Algarve que supostamente deveriam ser tranquilas para ganhar coragem para a bomba que se deve vir a instalar brevemente no meu emprego, não tive uns dias muito calminhos como gostaria que tivessem sido.
É verdade que apanhamos sol, tivemos direito a recuperar o bronze já perdido do verão, apanhamos uns dias e noites bem quentes, passeamos muito, demos muitos mergulhos, comemos os belos gelados e crepes na bela gelataria “Nosolo Italia”, até aqui tudo bem, o problema é que nem sempre o local é o factor mais importante para contribuir para o sucesso de umas boas férias. A companhia é muito importante!

Não quero estar a fazer queixinhas, mas apenas desabafar, fiquei triste com algumas atitudes de uma pessoa que provou não saber estar em grupo, influenciando assim o bem-estar de todos. Essas atitudes afectaram-me , porque quando estou com outras pessoas, não gosto de fazer birrinhas e muito menos tomar decisões que vão em contra a vontade dos restantes presentes. Não sei se ajo mal, mas acho que tem de haver um equilíbrio para que toda a gente se sinta bem, há que saber também fazer cedências , por isso é que fomos todos de férias.

Mas retirando este pequeno á parte, adorei estar longe de Lisboa estes dias fezeram-me muito bem, mas vim com uma sensação estranha, não sei bem porque e de quê, talvez seja por ser segunda-feira e estar de volta ao trabalho. Amanhã já devo estar melhor :)

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Tatuagem... quem a não tem?


Há uns tempos que tenho reparado numa coisa: as pessoas gostam de demonstrar de certa forma a sua diferença em relação a outras e acham por bem fazer desenhos no corpo!! – Tatuagem.

Neste verão na praia, contavam-se pelos dedos da mão quantas pessoas é que não tinham tatuagem, porque as que tinham nem dava para contar. Não quero ferir susceptibilidades, até porque provavelmente alguns de vocês deve ter uma tatuagem, mas apenas deixar a minha opinião.
Não sou nada contra as tatuagens e os pircings, e até acho giro quando discreto, e com algum sentido! mas acho que se começou a fazer tatuagens por tudo e por nada. E quem não tem é que já é diferente.

Uns fazem tatoos com juras de amor eterno, outros o nome dos filhos, alguns nem o significado da tatuagem sabem. Há tatuagens para todos os gostos. O importante é ter uma tatuagem para poder dizer que tem.

Quem as faz, diz que fez para marcar momentos da vida e assim registar para sempre esse grande momento. Agora pergunto eu, mas será que tanta gente quer marcar coisas da vida “pintando o corpo”??? e depois daqui a uns aninhos com a pele a envelhecer será que ainda querem demonstrar a todos esse grande marco?

Acho que se banalizou de tal forma a tatuagem que acabou por cair no ridículo. Irritam-me um pouco aqueles que fazem tatuagens só porque se apaixonam de tal maneira que têm de tatuar o nome do seu suposto “homem da sua vida” como prova de amor eterno!... depois chegam á conclusão que ele até tinha uns defeitos e não era bem o homem ideal. O que é que acontece? Vão a correr fazer uma cirurgia para apagar o nome dele e colocar outro de seguida!
mas será que não há outra forma de o provarem??

Beijinhos grandes a todos e pedimos desculpa pela a ausência, não é por falta de vontade mas sim pela falta de tempo.